sábado, 22 de março de 2003

Apenas para explicar o contexto, antes de iniciar a verborragia, eu estava no Fórum do Comp e resolvi dar continuidade ao assunto aqui. Gostei do texto, do Paulo Coelho, que incluíram lá. Também recebi, por e-mail, um texto do Rubem Alves de que gostei muito e todas estas reflexões alheias começaram a me fazer refletir também.

Eu não entendi porque o Presidente Americano não peitou a Coréia do Norte. Ela se retirou do tratado de desarmamento e tem potencial para construir armas nucleares.

A Coréia do Norte tem mais condições de se defender do que o Iraque (se é que o Iraque não está guardando um trunfo escondido, para usar na última hora). Além do mais, a Coréia do Norte não tem recursos naturais abundantes e é muito pobre. Ela não é estratégica para mudar economicamente as condições entre EUA, Europa e resto do mundo. Então parece ser conveniente optar em atacar o Iraque no lugar da Coréia do Norte ou outros países melhor armados.

O Presidente Americano fez discurso e disse que a ONU não cumpriu com suas responsabilidades mas que os EUA não faltariam com as suas (desacatou a ONU e tudo ficou por isso mesmo). Nas entrelinhas a ONU só serve para definir e julgar o destino de países fracos. No Brasil as coisas parecem andar no mesmo passo. Como diz o clichê popular: “Só pobre vai p’ra cadeia.

A França já está admitindo a possibilidade de ajudar os EUA em caso de o Iraque usar armas proibidas. Essa situação de Países Bajuladores dos EUA me deixa indignado. Bom seria se todos fossem firmes como a Rússia, China e Alemanha que nem cogitam a hipótese de participar da Guerra. Aliás, a Alemanha já está historicamente calejada quando o contexto se trata de participar de Guerras.

Espero que as armas proibidas sejam encontradas no Iraque, porque se elas não existirem me atreverei a fazer uma previsão:

Cineastas americanos já colocaram no cinema e na TV uma dezena de seriados futuristas onde num futuro (próximo ou distante) os EUA participam de um contexto chamado “Guerra Amazônica”... Mas nós, diferentemente da Rússia, China, Paquistão, Coréia do Norte, Índia, não temos como nos defender.

Imaginem só? O Presidente Americano alegando que somos traficantes de drogas, produtores de maconha e que usamos a Amazônia como fábrica de entorpecentes?

Já estou até vendo o dia em que um presidente americano pretenderá tomar a Amazônia de nós como medida preventiva, pois este não quererá ver os americanos se drogando com os nossos produtos.

Ele dirá que a Amazônia é do povo brasileiro mas será administrada pelos USA e UK após a Guerra e nossos bens ficarão sobre tutela deles até que seja conveniente.

Ou seja, utilizarão de uma série de mentiras e a máquina da publicidade para justificar uma invasão e nenhum outro país no mundo fará nada para impedir. Como está acontecendo agora.

Não é sensato que qualquer país queira interferir nesta confusão. Se a Rússia ou a China hipoteticamente resolvessem interferir, o conflito aumentaria e a Guerra tomaria proporções mundiais. Os EUA, com sua síndrome de “Super-Man”, não se intimidariam com ameaças de outros países e atacariam veementemente qualquer obstáculo. Mesmo que fosse um obstáculo grande como a China ou Rússia. E obviamente nenhum governante quer agravar o conflito e aumentar o problema.

Por isso que o terrorismo é conveniente: Terroristas não tem sede, estão espalhados no mundo e os Americanos não podem responsabilizar ou atacar inimigos pulverizados por todas as partes e por todos os países. Esse tipo de organização, sem sede, onde os membros se comunicam ocultamente é muito eficiente, assim como funcionavam os clãs de Ninjas no Japão Feudal: Não se pode atacar aquilo que não se pode ver.

Terroristas também não precisam obedecer convenções de guerra, ou seja, são a arma perfeita para derrubar qualquer Nação em qualquer tempo. Por isso os americanos estão com tanto medo.

Bush está destruindo tudo que Clinton conquistou para os americanos. Se bem que cada povo elege o líder que merece e talvez Clinton fosse areia demais para a mentalidade dos “Super-Men”.

Hoje estão sendo plantadas sementes de violência e o ressentimento vai germinar e crescer. Talvez nos próximos anos os EUA colham as bombas que plantaram. Afinal, o ditado “vingança é um prato que se come frio” descreve com precisão esta realidade: Os terroristas vão esperar a poeira baixar e com o passar dos anos, os americanos vão baixar a guarda, reduzir suas defesas internas, criando novamente a oportunidade para o World Trade Center cair mais uma vez.

Quando é que vamos aprender a lição de Jesus Cristo? Jesus não reagiu a crucificação! Judas pensou que Jesus poderia remover os exércitos inimigos com apenas um gesto de mãos; e este fora um dos motivos que levaram Judas a entregar Jesus. Mas o homem mais poderoso que já habitou o planeta Terra preferiu deixar que o sacrificassem ao reagir.

Nenhum exército em nenhum tempo conseguiria combater a força divina. Mas este homem divino nos mostrou o caminho da Paz. Os EUA deveriam esquecer o atentado ao WTC; o Bin Laden; o Oriente Médio e seguir adiante como Clinton estava fazendo e como nossa história cristã nos ensinou.

Bush usa o nome de Deus, mas será que ele já leu a Bíblia?

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